Supply Chain: 2022 deve ser um ano de reestruturação para a cadeia de suprimentos

À medida em que crise sanitária perde força, empresas de todos os portes poderão reestruturar-se e retomar as negociações no comércio exterior. Os últimos dois anos foram desafiadores para a cadeia de suprimentos, que sofreu as consequências das restrições logísticas, como a falta de contêineres, o fechamento dos portos, além de outros problemas como a falta de matéria-prima e de mão de obra.

Em tese, 2022 será um ano de reestruturação e, por isso, é um momento de trabalhar de forma estratégica: negociar com os fornecedores os melhores preços, orientar clientes para comprar de acordo com as variações de disponibilidade e de custos dos produtos, buscar novos acordos logísticos e avaliar com mais profundidade cada detalhe do processo de compra.  

Por causa da falta de matéria-prima, alguns setores estão seriamente comprometidos, como o automotivo, por exemplo. Faltam peças, componentes e até meios de transporte para trazer os carros para o Brasil. O resultado disso são automóveis mais caros ou sem opcionais, situações que causam desgosto no consumidor.

Para contornar os desafios desse período é preciso agir estrategicamente: é necessário visualizar cenários a curto, médio e longo prazo para planejar de que forma agir nessas situações para importar com assertividade. Não é possível, por exemplo, fazer uma planilha de custos do aço e do alumínio pensando no valor desses materiais hoje, pois são produtos que vão variar de preço.

Quando se fala em variação de preço, inclusive, se for uma queda de valor, o ideal é aproveitar a oferta. Às vezes a oportunidade é momentânea, como o frete que baixou ou o dólar mais barato, então, é a hora certa de encomendar a mercadoria.

Pelo menos até a normalização dos espaços, nosso cenário ainda será vulnerável. A recente invasão desmedida da Russia à Ucrania com certeza trará mais incertezas. Em setores como o automotivo e o da construção civil, a vulnerabilidade estará relacionada, sobretudo à falta de material e de mão de obra.  Já faltam profissionais e também treinamentos para o aperfeiçoamento dos serviços. Também não há feiras para a troca e propagação de conhecimento, o que deixa o mercado limitado.

Na cadeia de suprimentos, é preciso fazer uma projeção para aproveitar oportunidades de estoque, demanda, variações do dolar, entre outras situações.  Comprar em um momento de alta, por exemplo, pode levar o cliente a ter que renegociar toda a mercadoria, ocasionando a maior dor de cabeça.  Por isso que, na Victoria Advisory, trabalhamos com foco em reconfigurar processos na cadeia de suprimentos, não apenas para um mercado em mudança, mas também para as melhores experiências de compras.

Por Vinicius Lisboa – Consultor em negócios internacionais e CEO at Victoria Advisory

Compartilhe:

Share on facebook
Facebook
Share on linkedin
LinkedIn
Share on email
Email

Mais Notícias