Mesmo com desafios, importações e exportações batem recordes no Brasil
O comércio exterior é um importante meio para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o desenvolvimento do país. Como o futuro da indústria está diretamente ligado à atuação neste setor, o Brasil precisa estar atento às transações internacionais, fundamentais para a geração de empregos e o crescimento da economia.
O mercado brasileiro ainda sofre com as consequências da recessão. As operações logísticas são afetadas pela escassez dos equipamentos de transporte marítimo, a variação dos preços da matéria prima, fretes caros e maior custo do crédito nas instituições bancárias, o que dificulta os investimentos.
Apesar de tantos desafios, muitos decorrentes da pandemia da Covid-19, o país registra recorde de exportações. Segundo dados do Ministério da Economia e da Secretaria Especial de Comércio Exterior e Assuntos Internacionais (SECINT), neste ano, julho registrou um feito histórico para o mês. Com R$ 25,5 bilhões em produtos exportados, representa um crescimento de 37,5% comparado ao ano passado. Já a corrente de comércio, que é a soma das importações e exportações, também bateu recordes, com aumento de R$ 43,7 bilhões — 46,2% a mais na comparação no mesmo período. A China e os Estados Unidos se mantêm como os principais parceiros comerciais do Brasil.
As expectativas continuam positivas para os próximos meses, pois, mesmo com dificuldades, o mercado está aquecido. Há sinalização da normalização dos fretes, maior oferta de maquinários e investimentos em novas tecnologias. Se há pouco tempo faltava mão de obra para a produção nas fábricas e sobravam dúvidas sobre como seria a logística internacional em período de crise sanitária, hoje o cenário dá perspectivas de contratação de funcionários, melhorias nas operações de transporte e o aumento do consumo.
O agronegócio e o setor automotivo – principalmente as montadoras de carretas, tratores e caminhões, são os maiores responsáveis pelo panorama otimista da recuperação econômica. O setor agro apresenta um crescimento de 28,2% nas exportações, que somam US$ 32,28 bilhões, segundo os dados da SECINT.
Como resultado da melhoria no ambiente de negócios do país e o crescimento do PIB brasileiro – 1,2%, maior do que o último trimestre de 2020, o cenário é animador para a economia. O mercado de logística também é beneficiado por esse número e tende a ter resultados mais satisfatórios em 2022. As empresas que oferecem estratégias personalizadas para quem procura pelos serviços de exportação e importação se destacam nas operações internacionais e têm mais sucesso nas relações com seus clientes.
Por Vinicius Lisboa – Consultor em negócios internacionais e CEO at Victoria Advisory.
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