Compras estratégicas no mercado internacional: qual o impacto para o e-commerce

*Por Ana Gumy Block

Fundamental para o crescimento econômico do país, o empreendedorismo promove a melhora da condição de vida das pessoas ao gerar empregos e aumentar a renda da população.   Vivemos a era das transformações de produtos e serviços tradicionais com o avanço da tecnologia, que mudou a forma como são criadas soluções para as transações comerciais. Junto a essas mudanças, o e-commerce apareceu com mais força para estimular as compras e vendas, mas também exigiu inovações, ao integrar de forma mais assertiva os processos que possibilitaram um fluxo rápido e eficiente de pedidos. Transacionar bens e serviços eletronicamente, sem barreiras de tempo ou distância tornou-se uma necessidade das empresas, colaborando  para impulsionar as vendas a alcançar vários tipos de público. Mas nem sempre as operações saem como o previsto.

No mercado logístico, o e-commerce envolve eleger fornecedores , a verificação de fábricas e produtos, adotar o melhor custo benefício conforme o seu público, como  escolhas de transporte, armazenamento, recepção e distribuição de mercadorias. A amplitude do processo demanda a necessidade de elaborar um planejamento para importações e exportações, que atenda às expectativas e necessidades das empresas. Trabalhar com o comércio internacional é desafiador e exige atenção ao regulatório e processo, principalmente porque são diversas as oções, assessoria e logística na negociação: ao mesmo tempo em que é possível entrar em um site, clicar e comprar, sem garantias de que o produto chegará com a qualidade e dentro dos prazos previstos, por outro  é possível contar com uma empresa de logística capaz de orientar para os melhores negócios. Conhecer fornecedores, pesquisar preços, verificar os requisitos do regulatório e suas especificidades para uma previsão mais assertiva da chegada das mercadorias, sem correr riscos de estresse em função das variáveis,  faz parte de um projeto logístico personalizado e focado nas necessidades de cada cliente. Há 15 anos no mercado, a Victoria Advisory conta com vários parceiros e fornecedores internacionais, negociação de preços, certificação e negociação de prazos. Como o processo depende do dólar, de transporte para as operações, entre outras variantes, acompanhamos nossos clientes e resolvemos imediatamente possíveis desarcertos na cadeia logística. Nesses casos, é preciso uma gestão mais ativa, que não espere o produto chegar para resolver os possíveis inconvenientes. Acompanhar com diligência o processo door to door e corrigindo possíveis erros antecipadamente, a chance de existirem problemas físicos, legais e financeiros diminuem consideravelmente. Trabalhar com atenção nessas etapas, pesquisar em diferentes fontes e fabricantes em vários países para buscar a qualidade e custo-benefício também contribuem para a prevenção de situações desagradáveis ao importador. Também traz oportunidade de assertividade de preço, qualidade e aderência à expectativa do cliente e cliente do cliente.

No segmento do empreendedorismo, ampliar o comércio eletrônico leva oportunidades às empresas para a prospecção de serviços e materiais no mundo todo. Esse desafio que o empreendedor tem no mercado, desde a pesquisa, qualidade, produção, entrega, transporte, despacho, nacionalização, transporte interno e o seguro de todas as etapas,  exige que ele precise escolher entre fazer uma compra simplificada ou complexa, sozinho ou acompanhado, dentro das suas expectativas. O empreendedorismo ainda abrange os exportadores que também importam e que podem trabalhar com uma parte ou o todo de seus produtos no comércio internacional. O trinômio composto pela composição da mercadoria, tecnologia e inovação internacional faz a diferença para o empreendedor ter sucesso nas cadeias competitivas, principalmente em multinacionais e grandes empresas. Já no caso de compradores esporádicos, que aproveitam sobretudo o preço, as relações com os parceiros não são construídas, então, em um momento de escassez de mercado, esse empreendedor não será beneficiado. É preciso lembrar que a resposta de negociações não é imediata, mas sim um diálogo construído por uma boa gestão de fornecedores, processos, preços e negociações de forma constante e estratégica.

Ainda faz parte de um plano de compras internacionais saber o perfil dos seus compradores. O empresário não trabalha apenas para seu cliente, mas também para o consumidor final, então, esse escopo precisa estar na sua busca.  Independente da forma de comércio, as negociações dependem de um bom relacionamento no mercado financeiro e de saber que as operações geram um ciclo virtuoso que contempla novas ideias, projetos e produtos que podem vir ao Brasil, ou mesmo, sair dele com a melhor composição em cadeias globais. São possibilidades gigantescas que o empresário brasileiro tem para se internacionalizar com a amplitude do e-commerce, e parar para pensar se quer ser um empresário esporádico ou um comprador estratégico.

*Ana Gumy é Executiva de Novos Negócios e Marketing da Victoria-Advisory

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