
Taxação de 25% sobre aço e alumínio impacta setor siderúrgico brasileiro
Tarifa imposta pelos Estados Unidos deve afetar consideravelmente o setor de metais ferrosos no Brasil
A taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio, imposta pelos Estados Unidos, terá um impacto significativo no setor siderúrgico brasileiro. Anunciadas no começo de fevereiro, as novas tarifas entraram em vigor no início de março. A decisão foi oficializada pelo presidente Trump e afetará diretamente a indústria de metais ferrosos.
Segundo uma pesquisa publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a tarifa pode resultar em uma queda de quase 700 mil toneladas na produção e uma perda de aproximadamente US$ 1,5 bilhão nas exportações.
Contudo, apesar da taxação afetar a indústria siderúrgica, os impactos macroeconômicos são baixos. O Ipea prevê queda de apenas 0,01% do PIB e de 0,03% das exportações totais.
A indústria brasileira de metais ferrosos é altamente dependente da demanda dos Estados Unidos. Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de ferro e aço para o país, com o volume exportado equivalente a 14,9% do total importado pelos americanos.
Assim, o setor terá que explorar alternativas de redirecionamento de sua produção. No entanto, essas estratégias podem demandar tempo para implementação e, durante esse processo, podem afetar os preços dos produtos.
Diante desse cenário, o governo brasileiro tem buscado reverter a medida por meio de negociações diretas com as autoridades americanas, tentando garantir contrapartidas comerciais que ajudem a minimizar os danos econômicos para a indústria siderúrgica.
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