
Guerra comercial entre China e EUA afeta o mercado brasileiro
Discussão traz incertezas, mas também abre oportunidades para empresários brasileiros
Os conflitos comerciais entre China e Estados Unidos afetam diretamente o mercado mundial de importações e exportações. As duas maiores economias mundiais se envolveram em uma guerra fiscal, impondo tarifas de importação e exportação abusivas, seguidas de represálias mútuas que geraram instabilidade global no ambiente de negócios.
Apesar de não participar diretamente do conflito, ele respinga na economia brasileira, que não está imune aos impactos. Isso porque a guerra comercial influencia na decisão de investimento, na demanda de produtos, preços e também da geração de oportunidades comerciais.
A possibilidade do redirecionamento de mercadorias chinesas para serem comercializadas em outros mercados, como o Brasil, é um fator que gera angústia entre os empreendedores. Como os Estados Unidos são o principal comprador da China, os produtos que normalmente seriam destinados ao mercado norte-americano podem parar no mercado brasileiro, aumentando a concorrência e pressionando os mercados locais.
Por outro lado, os investimentos mundiais trocam de mãos e a relevância do mercado consumidor brasileiro, além de sua importância estratégica, faz com que o país seja captador natural de novas implementações de empresas estrangeiras.
De acordo com Vinicius Lisboa, diretor da Victoria Advisory, os empresários brasileiros podem se beneficiar do cenário. “Os empresários precisam estar atentos às oportunidades. O conflito comercial abre espaço para que o Brasil expanda sua presença no mercado global, visto que China e Estados Unidos têm uma relação de interdependência comercial. Com a interrupção ou redução desse fluxo, surgem brechas que as indústrias brasileiras ofereçam novos produtos e serviços para suprir a nova demanda e recebam mais investimentos estrangeiros”, analisa.
No entanto, a instabilidade cambial é um ponto de atenção. A oscilação do dólar pressiona os custos de recursos importados e afeta diretamente contratos atrelados à moeda americana, criando um ambiente de maior imprevisibilidade para o planejamento financeiro e operacional, cenário não muito propício ao comércio exterior.
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